MINHA EDIÇÃO
Título Original: Låt den rätte komma in
Tradução:
Deixa ela entrar
Autoria:
John Ajvide Lindqvist
Tradutor:
Marisol Santos Moreira
Ano:
2012
Editora:
Globo
Origem:
Suécia.
Total de Páginas:
500
Dessa
vez vou fazer diferente. Colocarei em um mesmo post o livro e as duas adaptações
cinematográficas e o motivo disso é simples: gostei muito das adaptações, mesmo
com as modificações sofridas. No Brasil o livro foi lançado após os filmes (a
adaptação sueca é de 2008 e a norte-americana é de 2010), ou seja, aqueles que
gostaram muito dos filmes (como eu) ficaram esperando um tanto quanto
ansiosamente o livro e ele finalmente chegou e eu já li e agora ele está aqui.
Sinopse:
Oskär é um garoto solitário e vítima de bullying na escola e que sonha em
assassinar seus opressores e finalmente se ver livre do medo. Sua vida sofre
uma reviravolta quando muda no apartamento ao lado do seu uma garota (ou ao
menos é o que parece à primeira vista) e um homem. O nome da garota é Eli, e
ela não é uma garota. Nem um garoto. Eli é uma criatura secular que bebe sangue
para sobreviver. E o homem é Hakan Bengtsson e ele é um pedófilo apaixonado e
obcecado por Eli.
Pontos Positivos (Ou
por que ler este livro): Em uma época de
vampiros brilhando ao sol, vampiros que escalam árvores e correm feito jumentos
pelos prados afora, esse livro é uma pérola maravilhosa de maldade e que
retrata o vampiro como ele realmente é: uma besta, uma coisa amaldiçoada que
PRECISA de sangue, que pega fogo ao sol e que não estuda em escolas de filmes
de comédia romântica e muito menos arrasa com seus carros saídos de “Velozes e
Furiosos”.
A
história é para adultos. Trata de pedofilia, morte, bullying, maldade crassa
tudo de um jeito cru. O autor coloca a história e não doura a pílula, algumas
cenas são descaradamente nojentas. E é por isso que é tão bom. Estava cansada
de vampiros visitando igrejas e se sentindo chamados por Deus (amo Anne Rice,
mas confesso que aquela mulher me dá nos nervos às vezes) ou choramingando
pelos cantos porque tem que matar. “Deixa ela entrar” é um livro incrível, os
vampiros são bestas, matam e morrem ao sol. Como deve ser.
-
Nunca tinha visto em um livro sobre vampiros, a idéia de que este, para entrar
em algum recinto ocupado, precisa da permissão de quem está dentro senão corre
o risco de sangrar até a morte. Lindo. Mesmo.
Ponto negativo que
vira positivo: Pelo modo cru como é narrado, senti
um certo tédio em algumas partes, principalmente quando o autor desembesta a falar
de umas pessoas que não tem nada a ver com o casal principal. ENTRETANTO, tudo
está conectado e o que poderia ser um ponto negativo se transforma automaticamente
em positivo quando você percebe que aquela embromação se tratava do mapeamento
de caráter dos personagens... e os sentimentos irão comandar as ações que irão
se chocar em Oskär e Eli.
OS FILMES
Título Original:
Låt den rätte komma in
Título Traduzido: Let
the Right One In (EUA); Deixa ela entrar (BRA).
Ano:
2008
Origem:
Suécia
Direção:
Tomas Alfredsson
Roteiro:
John Ajvide Lindqvist
Elenco:
Kåre Hedebrant (Oskar); Lina Leandersson (Eli); Per Ragnar (Håkan); Henrik Dahl
(Erik); Karin Bergquist (Yvonne); Peter Carlberg (Lacke); Ika Nord (Virginia); Mikael
Rahm (Jocke); Karl Robert Lindgren (Gösta); Anders T. Peedu (Morgan); Pale Olofsson
(Larry).
Duração:
114 min.
Gênero:
Terror/Suspense/Drama.
Sinopse:
Oskär, um garoto que mora em Blackberg, subúrbio de Estocolmo na Suécia, leva
uma vida de reclusão social por ser amedrontado pelos valentões imbecis de sua
escola. Conhece Eli, um vampiro eunuco com feições andróginas.
Pontos positivos (Ou
porque assistir a esse filme): O filme parece
conseguir pegar muito melhor o clima do livro já que foi filmado no país de
origem.
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A atriz que faz a Eli tem feições andróginas, então... ponto positivo.
-
O Oskär é um dos personagens mais adoráveis que já vi.
-
A questão do “guardião” da Eli fica no escuro. Então, tire suas próprias
conclusões se ainda não tiver lido o livro.
Título Original:
Let Me In
Título Traduzido: Deixe-me
Entrar.
Ano:
2010
Origem:
EUA
Direção:
Matt Reeves
Roteiro:
Matt Reeves; John Ajvide Lindqvist
Elenco:
Kodi Smit-McPhee (Owen); Chloe Moretz (Abby); Richard Jenkins (Thomas, o
guardião de Abby); Cara Buono (Mãe de Owen); Sasha Barrese (Virginia); Dylan
Minnette , Jimmy "Jax" Pinchak, Nicolai Dorian e Brett DelBuono (os
caras maus da escola); Ritchie Coster (Mr. Zoric).
Duração:
116 min.
Gênero:
Terror/Suspense/Drama
Sinopse:
Owen é um garoto que mora no Novo México (EUA) com sua mãe. Ele é sozinho e
sofre bullying na escola. Certo dia muda-se no apartamento ao lado do seu, uma
garota (Abby) e seu pai. Gradativamente eles se tornarão amigos. Mas Abby é um
monstro e Owen não sabe disso. E então ele descobre.
Pontos positivos (Ou
porque assistir a esse filme): O filme é legal.
Como eu disse anteriormente, é um alívio encontrar algo bom em se tratando de
vampiros. A Chloë Moretz é uma das minhas atrizes jovens favoritas, aquela cara
de depressão que ela faz parece uma cara que a Eli do livro faria. E o Oskär,
oops... o Owen é adorável.
ATENÇÃO: A PARTIR
DESTE MOMENTO O POST CONTÉM SPOILERS. CASO SE IMPORTE, VÁ ASSISTIR AO FILME E
DEPOIS VOLTE.
Pontos negativos: Os
EUA tem uma mania extremamente irritante de fazer remake de filme bom... sei
lá, eles devem achar que CERTAMENTE farão algo ainda melhor. Bom, não é o caso.
Esse filme, na minha opinião é muuuuito inferior ao sueco.
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Eles colocarem que a Abby é, de fato, uma garota, tirou a maravilhosice que tem
no livro. Como diz o diretor do filme sueco em uma entrevista (deixo o link
abaixo) o lance belo entre a Eli e o Oskär é aquele amor que não tem nada de
sexual... é aquele amor desinteressado possível entre a infância e a puberdade onde
a sociedade ainda não estragou o indivíduo completamente com seus preconceitos.
Mas, como mudaram os nomes e a história, então... bom... assistam como se não
fosse uma adaptação.
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A questão do “pai” da Abby. No livro o cara é um pedófilo doentio que sente um
amor obsessivo pelo Eli. No filme ele é só um cara velho, bizarro e que, quando
vi o filme pela primeira vez e sem ler o livro, pensei que fosse um cara que
anteriormente tivesse sido como o Oskär... e que tivesse envelhecido a “serviço”
de Eli e precisasse ser reposto. Mas não.
FIM DO
SPOILER
Link
da entrevista do diretor Tomas Alfredsson: http://brightlightsfilm.com/63/63alfredsoniv.php